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Título do Bayer Leverkusen é para ser comemorado pelos torcedores, simpatizantes e pelos “torcedores de momento”

Por Guilherme Costa

Reprodução: Facebook/ Bayer 04 Leverkusen

Neste domingo (14), o Bayer Leverkusen conquistou o seu primeiro título da primeira divisão da Alemanha, após 119 de existência. Sendo uma das equipes mais tradicionais do país, os Werkself eram a única equipe - entre os grandes - que ainda não haviam chegado à glória máxima do seu país. Apelidado de ‘Neverkusen’, devido ao tri vice em 2002, quando a equipe foi vice campeã da Bundesliga, Copa da Alemanha e Champions League, num espaço de onze dias, pouco se fala do vice traumático na temporada 99/00 quando o time perdeu o último jogo para o Unterhaching e viu o Bayern de Munique levantar outra Salva de Prata.

Do início dos anos 2000 para cá, o Bayer nunca esteve tão perto de dar a alegria do título para os seus torcedores. Mesmo na temporada 09/10, quando o time teve vinte e quatro jogos de invencibilidade (e terminou na quarta colocação), e em 19/20, quando o time perdeu a Copa da Alemanha para o Bayern de Munique, campeão de tudo.

Com o título inédito, os milhares de torcedores do clube que comemoraram o título da Europa League (então Copa da Uefa) em 87/88 e da Copa da Alemanha, em 92/93, e que sofreram com os traumáticos vices em 2000 e 2002, além de outras temporadas no qual bons times passaram em branco, se juntaram as gerações que nunca tinham visto o time do coração ganhar um título, para finalmente sorrir com a conquista máxima do seu país. E ainda falta a final da Copa da Alemanha contra o tradicional (e em crise) Kaiserslautern e a Europa League.

Para além dos “reais torcedores” há os simpatizantes que, de longe, acompanham o time, mas sem o compromisso que ocorre com o seu time do coração. No caso do Leverkusen, eu posso me citar como um desses tipos de exemplos: do time do final da carreira do meia Bernd Schneider, passando pelo time que contava com René Adler, Toni Kroos, Renato Augusto, Simon Rolfes e Stefan Kiessling; depois com Bernd Leno, Sidney Sam, Karim Bellarabi e finalizando com a equipe que contava com Julian Brandt,Leon Bailey, Kai Harvertz e Kevin Volland (e eu deixei de citar outros tantos jogadores). Todas essas temporadas o Bayer Leverkusen foi uma das equipes que eu mais gostei de acompanhar.

Também há o torcedor que passa a acompanhar o time após um certo destaque, como ocorreu com o Napoli na temporada passada. Este certamente não irá acompanhar a equipe do momento, quando o momento passar, mas está lá pelo o que o futebol proporciona. E no caso desta temporada do Leverkusen, o futebol que foi proporcionado foi o do mais alto nível.

No fim das contas, o real torcedor, o simpatizante e o torcedor de momento, se juntaram num abraço simbólico após o término do jogo contra o Werder Bremen, comemorando a vitória do time favorito, seja da vida ou do momento, mostrando como um título (ou a perda dele) consegue mobilizar todas as camadas dos aficionados por causa do futebol bem jogado.

Parabéns, Bayer Leverkusen.

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