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Paderborn aposta em ex-presidiário para seguir surpreendendo na Bundesliga

A grande surpresa deste início de Bundesliga, sem dúvidas, é a presença do caçula Paderborn na liderança após quatro rodadas disputadas. Em sua primeira temporada na elite, a equipe está invicta e com os mesmos oito pontos de Bayern de Munique, Mainz e Hoffenheim, ficando na frente dos três por conta do saldo de gols.

O elenco do Paderborn é praticamente todo formado por jogadores alemães, sendo que o único estrangeiro que entrou em campo até agora na competição foi o meio-campista Süleyman Koc, titular em três dos quatro jogos - apesar da nacionalidade turca, ele nasceu em Berlim.

E a história de superação de Koc é uma das marcas do pequeno e modesto Paderborn. Atualmente com 25 anos de idade, o jogador cometeu crimes, já foi preso, renasceu para o futebol e agora está no auge da carreira, na primeira divisão da Alemanha.

Em abril de 2011, Süleyman Koc atuava no Babelsberg, clube da quarta divisão do país, quando foi detido pela polícia suspeito de formação de quadrilha. O jogador foi acusado de ser o motorista do carro de uma gangue que assaltava casinos e restaurantes em Berlim - a condenação foi de 3 anos e 9 meses de detenção.

De dentro da prisão, o turco resolveu escrever uma carta ao seu treinador e aos companheiros de Babelsberg, pedindo perdão por tudo. E toda delegação respondeu a Koc com palavras de encorajamento, o que o motivou a voltar aos gramados. "Isso me deu esperança. Por isso comecei a treinar na minha cela mesmo", contou o meia em entrevista à revista 11 Freunde.

Koc deixou a prisão em 2013, por bom comportamento, voltando a atuar pelo Babelsberg, que lhe ofereceu uma segunda oportunidade. No mesmo ano que conseguiu sua liberdade, após boas partidas na quarta divisão, despertou o interesse do Paderborn e assinou com o novo clube.

E mais do que ajudar o caçula da Bundesliga a surpreender, Koc tem um projeto em conjunto com a DFB (Federação Alemã) que se chama "Kick off for a new life"(Pontapé inicial para uma nova vida), que dá apoio à pessoas que atravessam momentos parecidos com o que passou. "Hoje sou um exemplo. Antes, era um perfeito idiota", disse o atleta.

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