Federação Alemã manda cobrir faixa antifascista e causa polêmica com o St. Pauli

A seleção alemã fez seu único treino para o duelo contra a Polônia, nesta terça-feira, no Millerntor-Stadion, estádio do St. Pauli - o jogo amistoso acontecerá na Imtech Arena, casa do Hamburgo. Para os trabalhos de Joachim Löw no campo dos Piratas, a Federação Alemã (DFB) mandou cobrir parte de um banner antifascista no Millerntor, causando muita polêmica.

A faixa, que existe há muitos anos nas arquibancadas do estádio, diz "Kein Fussball den Faschisten" (ou "Nada de futebol para os fascistas"), uma clara referência à política do St. Pauli, um clube considerado alternativo, libertário e revolucionário. Além disso, é conhecido por ter adeptos antinazistas, antirracistas e anti-homofóbicos.

A justificativa da DFB para a medida foi de que os treinamentos da seleção não podem ter manifestações políticas. O fato, porém, não foi muito bem digerido pelo clube, que soltou um comunicado oficial em seu site.

"É com grande falta de compreensão que recebemos essa atitude da DFB. Isso é um contraste de todas ações que a Federação Alemã faz contra xenofobia, discriminação e racismo. Uma hipocrisia. Isso foi um sinal público de violação da dignidade humana nos estádios e na sociedade. Por décadas o St. Pauli carrega a imagem dos seus fãs e a faixa antifascista é nesse contexto liberal, não uma mensagem política", disse o clube.

Federação Alemã mandou cobrir o banner